
O juiz da vara da Infância e Juventude de S.J.Rio Preto, Evandro Pelarin, conversou hoje (18) novamente com o Políticaeafins e deu detalhes sobre como vai ser o Toque de Recolher, também chamado de Toque de Acolher, que começa em março na cidade com o nome de Projeto Itinerante de Proteção da Infância e Juventude. Trata-se de uma iniciativa para retirar das ruas menores após às 22 horas, principalmente os residentes em áreas com maior índice de violência.
Políticaeafins – Houve muita repercussão com a divulgação do início do toque de recolher em Rio Preto e há alguns pontos a esclarecer. Como vai se dar a remoção dos menores?
Evandro Pelarin – Não podemos adotar a mesma sistemática que tínhamos em Fernandópolis porque as instâncias superiores do poder judiciário entendem que não podemos fixar horário. Isso não nos impede de adotar medidas de proteção e ir aos locais onde há situação de risco para acolher esses adolescentes e dar o encaminhamento devido. Nesta perspectiva, considerando inúmeros casos de adolescentes envolvidos com tráfico de drogas, é que nós vamos começar em março este trabalho nos bairros mais problemáticos.
Políticaeafins – Qual será o papel da Polícia Militar nesse projeto?
Evandro Pelarin – A PM vai fazer a abordagem junto com os conselheiros tutelares, nos bairros mais críticos, onde há maior vulnerabilidade e situação de risco do adolescente se envolverem em tráfico de drogas. A Polícia vai dar segurança para que os conselhos tutelares possam fazer a abordagem. E esse adolescente, assim que for acolhido, vai passar por uma investigação sobre a situação da família, se há condições desta família cuidar desse adolescente. E se for morador de rua, ele terá de ser acolhido.
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O blog conversou também com a comandante do CPI 5 – Comando de Policiamento do Interior, coronel Helena dos Santos Reis, sobre a atuação da Polícia Militar em Rio Preto no projeto do Toque de Recolher e na questão da segurança em S.J.Rio Preto. Confira:
Política e Afins – Qual será o papel da PM neste projeto do Juizado da Infância e Juventude?
Coronel Helena Reis – A PM vai cumprir o que for determinação judicial. Vamos para os bairros onde há menor infrator e em situação de risco. Eles serão abordados e identificados para que se possa saber porque estão nas ruas e possamos direcionar estes jovens.
Políticaeafins – Esse trabalho da PM terá orientação especial?
Coronel Helena – Todo trabalho da Polícia Militar já há orientação para que não ocorra nenhum excesso. Esse é um princípio que norteia o trabalho policial. A abordagem terá enfoque social e não criminal.
P&Afins – Sobre o efetivo. Haverá aumento de efetivo em Rio Preto?
Cel. Helena – Teremos em maio a reposição de efetivo com a nomeação dos alunos que estão hoje na academia. Temos efetivo de 600 soldados e vai permanecer nesse patamar.
P&Afins – Há uma forma de controlar novas práticas de delitos, como explosões de caixas. Como a Polícia atua para essa nova modalidade de crime?
Cel Helena – A PM trabalha com Infoprint e Fotoprint. Nos permite identificar os criminosos. A Polícia atua com planejamento. Se há um delito se sobressaindo nós vamos em busca de identificar os criminosos e combater as ações deles.
P&Afins – Qual a região mais violenta de Rio Preto?
Cel Helena – Nós procuramos não estigmatizar esta ou aquela região. Procuramos atuar onde há criminalidade.